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Atualização! Beneficiários do bolsa família eram utilizados como 'laranjas' em fraude de licitações


As 16 empresas fantasmas investigadas por fraude em licitações de prefeituras utilizavam beneficiários do Bolsa Família e lavradores como 'laranjas' no esquema. Segundo a promotora de Justiça Luana Azerêdo, os nomes dos envolvidos foram citados em contratos públicos, no entanto, eles não fazem parte da organização criminosa. "Os empresários usavam os nomes dessas pessoas para ganhar licitações, mas elas não sabiam do esquema fraudulento. 

Das 45 conduções coercitivas, 22 foram cumpridas e muitas das pessoas utilizadas como laranjas foram surpreendidas com o mandado. Eles serão ouvidas no Ministério Público de Piripiri e liberados em seguida", explicou a promotora. 
Ao todo, 96 mandados judiciais são cumpridos no Piauí e Ceará durante a Operação Escamoteamento, deflagrada nesta sexta-feira (7) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Policia Rodoviária Federal (PRF). 


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Entre os presos estão sócios e operadores de valores das empresas, servidores da prefeitura e Câmara Municipal de Cocal. Para a promotora, não tem como estimar quantas prefeituras eram alvos da organização criminosa. As investigações confirmam que as empresas fantasmas tinham sedes em Fortaleza, Tianguá e Ubajara, e atuavam com fraudes em cidades do Piauí e Maranhão. "A investigação iniciou em 2013 em Cocal, depois que o promotor Francisco Túlio recebeu denúncias de obras e serviços não prestados pela vencedora da licitação e acionou o Gaeco. 
A partir daí descobriu-se que a empresa responsável tinha ramificações no Piauí, Maranhão e Ceará", revelou. Ainda conforme Luana Azerêdo, em alguns casos a empresa vencedora da licitação não executava o serviço, mas a própria prefeitura acabava realizando o trabalho. Já em outras ocasiões, a empresa concluía a obra, mas de péssima qualidade, como no caso da escola municipal de Cocal, que desabou. "Não podemos afirmar se o prefeito de Cocal tinha conhecimento da idoneidade das empresas. Ele não é o objetivo da investigação, no entanto, somente no decorrer dos trabalho será possível dizer se ele tinha participação ou não no esquema. 

O que sabemos é a existência de obras que foram pagas e não consultadas. Só o repasse feito pelas prefeituras chegou a estimativa de que R$ 60 milhões no Piauí", comentou. Durante a operação, o Ministério Público fez o sequestro de cinco carros, de R$18.189.644,35 encontrados nas empresas e bloqueio de contas bancárias.

G1.com/PI

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